2.1 O HOMEM E SEU PROCESSO CIVILIZATÓRIO

Há um certo consenso entre os estudiosos de que no início a primeira forma de convivência humana seria a constituída pela Horda, ou seja, bando indisciplinado de seres humanos, que vivia perambulado pela terra, sem regra fixa. Tratava-se de grupos de indivíduos agregados vivendo em regime de promiscuidade. E, nesse momento da história, a organização social teria caráter precário e instável.[1]

Essa condição seria própria do caráter humano. Tal afirmação, todavia, divide os pensadores. Uns dizem que os humanos em seu estado de natureza "são ingratos, volúveis, simuladores, covardes ante os perigos, ávidos de lucro"[2]; o homem seria o lobo do homem.[3] Para outros, o ser humano no estado de natureza era livre, proprietário de sua pessoa e de seu trabalho.[4] Ou ainda, que nasciam livres, mas a horda lhes pervertia e ficavam aprisionados uns aos outros.[5] O Fato é que, com o passar do tempo, a horda torna-se sedentária, os homens começam a trabalhar na agricultura, abandonam o estado de promiscuidade, reconhecendo os vínculos familiares.[6]

Este vínculo inicialmente está relacionado à maternidade. Acredita-se, portanto, que o matriarcado fosse o sistema dominante, destacando o papel da mãe na condição de centro da família, a mulher como o núcleo da vida social seguido posteriormente pelo patriarcado.[7]

É pacífico o entendimento que o primeiro processo civilizatório corresponde à Revolução Agrícola, que se desdobrou em dois processos civilizatórios, formado pela agricultura e o pastoreio.[8] Tudo isso, desenvolveu-se de forma progressiva.

Desta relação do homem dominando a natureza, houve um enorme incremento demográfico.[9] Esta população vai se dividindo e se espalhando pela terra. Posteriormente se aglutina, dano início a segunda Revolução, a Urbana.

Os seres humanos haviam acumulado um volume considerável de conhecimento científico nas mais diferenciadas áreas. Estas informações através do comércio se propagam entre os diversos povos. Disso tudo, surgem os Estados com suas classes de pessoas e suas profissões.

Tem-se o primeiro plano ocupado pelos sacerdotes, príncipes, escribas e autoridades. Estes cercados por um exército de artesãos, todos afastados da tarefa primária de produzir alimento, o que vai acarretar a estratificação social.[10]

Um novo poder toma conta da sociedade humana, o poder da riqueza. Esse poder não só faz escravos para si, mas também vai dominar a sociedade como um todo. Formam-se os Estados Rurais Artesanais, onde há problemas de legitimação formal do regime à base de concepções religiosas, militares ou cívicas.[11]

Passa-se daí ao Estado-Igreja, regido por monarquia de base tradicional, que concentra na figura do rei a propriedade nominal da terra, a condução suprema da vida religiosa, que muitas vezes mistura a figura do soberano com a da própria divindade. Aqui se tem o destaque da aristocracia real, o sacerdócio, as chefias militares e a burocracia, procurando manter o poder de geração a geração por critérios hereditários.[12]

Mais tarde, dessa elite rica, surge a elite guerreira que se impõem despoticamente sobre seu próprio povo ou sobre os povos dominados. Seguem-se Cidades-Estados de organização democrática, como as gregas e as romanas em seus períodos iniciais. É nesse momento que o estrato social se alarga com a possibilidade de ascensão de outras classes, que até então permaneciam às margens do poder.[13]

Segundo Darcy Ribeiro "os progressos da Revolução Urbana, embora potencialmente mais libertários pela promessa de fartura com que acenavam, representaram para a maior parte das populações humanas a condenação à escravidão ou à vassalagem, desconhecidas antes".[14]

Ainda conforme explica Darcy Ribeiro:

Nos dez milênios em que vem atuando a Revolução Agrícola, e nos seis mil anos que já dura a Revolução Urbana, elas acabaram por afetar todos os povos. Mesmo os grupos marginais que resistem, ainda hoje, à integração nos estilos de vida por elas criadas sofreram profundamente seus efeitos reflexos.[15]

Nessa seqüência, chega-se à Revolução do Regadio, composto pelas civilizações que se desenvolvem às margens dos grandes rios, de onde surge o império Teocrático de Regadio, controlado por sacerdotes ou lideres religiosos que governam, supostamente, conforme a vontade de uma divindade. É desse período a construção dos grandes templos e das grandes pirâmides que alcançaram grande desenvolvimento, mas definharam em guerras internas e externas que os levaram à feudalização, com as pessoas voltando ao campo.[16]

O Resultado da expansão dos Impérios Teocráticos de Regadio trouxe novas tecnologias que revolucionou o modo de vida de inúmeros povos. Desse desenvolvimento houve a generalização e o aprimoramento da metalurgia, através do ferro forjado que cria uma avalanche de invenções. A necessidade da troca desse conhecimento vai gerar os Impérios Mercantis Escravistas, baseados na economia do dinheiro, nas guerras e na escravidão.[17]

Como dantes acontecera aos Impérios Teocráticos de Regadio estes novos impérios escravistas também se desmantelam pelas guerras internas e as invasões bárbaras.

Assim, afirma o antropólogo Darcy Ribeiro:

Nem as formações teocráticas de regadio nem as mercatis-escravistas, ao se extinguirem, inauguram um novo processo civilizatório, mas simplesmente se afundam na estagnação feudal, dividida por miríades de pequenos potentados locais, incapazes de produção mercantil e de comércio externo, entregues a uma simples produção de subsistência e condenadas a gestos meramente passivos de defesa contra ataques externos.[18]

Foi nesse contexto que se firmou a dominação da religião Católica, como herdeira dos romanos. Instituição que aos avessos do que preconizava o cristianismo primitivo, que lhe deu origem, se tornou a negação do que significava igualitarismo cristão, firmando-se numa severa estamentação social.[19]

Antes do Aparecimento do Islamismo existia o Império Sassanida, cuja religião baseava-se na doutrina monoteísta de Zaroastro,[20] que influenciou o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo. Este império com todo seu conhecimento e poderio foi vencido e ocupado pelo Islamismo,[21] fundamentado na doutrina de Maomé,[22] contida no Alcorão.[23] Este império movido pelo ideal salvacionista de conquista, como expansão da glória divina, vão conquistar, dominar, escravizar e doutrinar inúmeras sociedades feudalizadas, representando boa parte do mundo civilizado.

Contra essa forma de dominação se arremessaram as cruzadas[24] - movimento católico cujo objetivo era reconquistar os territórios ocupados pelos muçulmanos. Das guerras que se seguiram formou-se duas novas formações sócio-culturais: os Impérios Mercantis Salvacionistas e o Capitalismo Mercantil.[25]

Graças às inúmeras invenções com relação à tecnologia de navegação, desenvolvida pelos Impérios Despóticos Salvacionistas, foi que houve a primeira ruptura com o feudalismo,[26] implantando novas formações sócios-culturais que vão formar as primeiras civilizações de base mundial.

A conquista de novos mundos no além-mar surgiu dos esforços dos Impérios Mercantis Salvacionistas, nas reconquistas de seus territórios ocupados por árabes, tártaros-mongóis, entre outros, que formavam os Impérios Despóticos Salvacionistas.[27]

O sucesso das conquistas do além-mar revigorou a velha prática da mão de obra escrava, proveniente dos povos que eram dominados, os quais eram de culturados e aculturados de forma ainda mais severa do que nos tempos da romanização e islamização, fato constatado pela uniformização lingüística e cultural dos povos americanos, se considerado as conquistas anteriores.[28]

O Capitalismo Mercantil e o Colonialismo são um processo civilizatório, resultado da ação da Revolução Mercantil.

A Holanda é considerada um pólo iniciador deste capitalismo mercantil, sendo a primeira nação a criar organização bancária moderna em 1609, passando a atuar como seguradora e financiadora da expansão mercantil. Seguida pela Inglaterra, com a revolução de Cromwell[29], a partir de 1652. Estruturando-se com uma formação capitalista mercantil.[30]

Com relação a França, destaca-se as revoluções contra a aristocracia, entre elas, a queda da Bastilha,[31] acontecimento que revolucionou a história do mundo, em 14 de julho de 1789. Seguido pelo regime militar imposto por Napoleão I[32], que movimenta toda Europa, inclusive obrigando a corte portuguesa a vir para o Brasil com Don João VI.[33]

De uma Europa populosa, nascem os núcleos coloniais, que por sua vez vão gerar as novas nações destacando-se a formação da América do Norte, uma República Federativa Moderna e capitalista tendendo à industrialização.[34]

Da Revolução Mercantil emergiu a Revolução Industrial, sustentáculo dos novos países desenvolvidos, firmados na elevação da produtividade, do trabalho e da maximalização dos lucros.[35]

Destacam-se as relações contratuais de trabalho, atraindo os camponeses para o serviço assalariado. Há um ambiente de renovação social. A disponibilidade de capital acumulado com a oferta de mão-de-obra de fácil aliciação, a oferta de bens de subsistência a disposição, criou os grandes centros urbanos de produção e comércio, que dominaram todo o sistema econômico.[36]

Tem-se agora um mundo dividido entre patrões e empregados, nações ricas industrializadas e nações pobres, subdesenvolvidas.

Mesmo com a bifurcação de ricos e pobres, a humanidade parecia ter encontrado seu caminho para a paz e a prosperidade, quando rompeu a Primeira Guerra Mundial, fruto da disputa, de novas conquistas, pelas potências industrializadas. Com o fim da guerra, destaca-se agora o socialismo revolucionário de um lado e o desenvolvimento capitalista de outro.[37]

O socialismo,[38] especialmente o marxismo,[39] trazia à massa assalariada a possibilidade de uma nova realidade social, ideal que se baseia na eliminação da propriedade privada, dos meios de produção, entre outras atitudes, objetivando a erradicação da estrutura classista das sociedades. Posteriormente, viu-se que na prática os países que se aventuraram neste ideal, criaram uma estratificação ainda mais danosa à sociedade, resultando num estatismo dominador. Porém, esse processo civilizatório não deixa de ter seu valor, obrigando o capitalismo a encontrar meios para diminuir as diferenças entres as diversas classes sociais.[40]

Essa luta pela dominação dos povos, por parte das potências desenvolvidas e o descontentamento geral das classes, dá início à Segunda Guerra Mundial.[41] Com o fim do conflito mundial tem início outro processo civilizatório, o Termonuclear, com o mundo dividido entre a ideologia capitalista liderada pelos Estados Unidos e a socialista liderada pela União Soviética. Tem-se daí a Guerra Fria[42] um conflito ideológico, onde estas duas potências, armadas com centenas de mísseis nucleares se ameaçavam mutuamente e, por conseguinte, a toda humanidade, uma vez que um conflito dessa natureza pode levar à extinção da vida no planeta.[43]

O fim da Guerra Fria se dá na década de 80, quando o bloco soviético se desfaz. Mas a ameaça nuclear persiste, com novos países adquirindo o domínio atômico, novos conflitos eclodindo aqui e ali.

Nesse início do 3º milênio, vive-se em um mundo globalizado, dominado por uma humanidade ameaçada pelo seu próprio saber científico.

As comportas espaciais se abriram e o ser humano já vislumbra a oportunidade de colonizar outros planetas. Para isso, já existe no espaço uma estação espacial ocupada por seres humanos fazendo seus experimentos. Aqui em baixo, no entanto, a corrida armamentista, somado ao inconformismo das massas humanas, exploradas por uma minoria abastada, que domina os meios de produção e o saber científico, profetizam uma nova revolução mundial que pode ser a definitiva. "A própria guerra que se prevê não se designa mais como atômica, mas como química-bacterológica-radiológica".[44]

Renasce disso tudo o fundamentalismo religioso que revive toda sua história, oferecendo à humanidade a certeza de que é da vontade da divindade criadora o fim desta criação, para que se possa reconstruir uma outra.[45]

Dessa forma "não há nenhum escapismo na fé dos cristãos. O Novo Testamento prevê catástrofes, terremotos, enchentes, fome e guerras".[46]

A raça humana vive seu melhor momento em tecnologia e conhecimento, inclusive com o poder de se autodestruir. Fica clara, a necessidade de uma federação mundial.[47] Somente com a união das nações, estará vencida a limitação planetária.[48]

Uma vez que a ordem divina de "Crescei, multiplicai e dominai a terra" [49]foi completada, é óbvio que a seqüência natural é a conquista do sistema solar, da galáxia e do próprio universo. A negação desse sentido é a afirmação do apocalipse.[50]

A autodestruição humana é uma profecia constante das religiões fundamentalistas. Estas buscam no fim da humanidade a condição para revelação da divindade.[51]

É desta ultima realidade que se preocupa o presente trabalho.

[1] DEL VECCHIO, Giorgio. Lições de filosofia do direito. 5. ed. trad. Antônio José Brandão. Coimbra: Arménio Amado, 1979. p. 517.

[2] WEFFORT, Francisco C. Os clássicos da política: Maquiavel, Hobbes, Locke, Montesquieu, Rousseau, "O Federalista". 13. ed. São Paulo: Ática, 2000. v. 1. p. 19. (O Italiano - Nicolau Maquiavel - 1469 - 1527 - escreveu o Príncipe).

[3] Ibid., p. 55. (O Inglês Thomas Hobbes -1580 - 1679 - escreveu o Leviatã).

[4] WEFFORT, 2000, p. 85. (O Inglês John Locke - 1632-1704 - escreveu dois tratados sobre o Governo).

[5] Ibid., p. 195. (Jean-Jacques Rousseau 1712-1778 - entre suas muitas obras cita-se aqui: O Contrato Social).

[6] DEL VECCHIO, 1979, p. 518.

[7] DEL VECCHIO, loc. cit.

[8] RIBEIRO, Darci. O Processo civilizatório. 8. ed. Petrópolis: Vozes, 1985. p. 65.

[9] Ibid., p. 68.

[10] CHILDE, V. Gordon. A evolução cultural do homem. 5. ed. tradução de Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981. p. 144.

[11] RIBEIRO, op. cit., p. 90.

[12] RIBEIRO, 1985, p. 91.

[13] RIBEIRO, loc. cit.

[14] Ibid., p. 92.

[15] Ibid., p. 93.

[16] Ibid., p. 107.

[17] Ibid., p. 110.

[18] RIBEIRO, 1985, p. 114.

[19] Ibid., p. 117

[20] Zoroastro fundador da mais antiga religião persa, o masdeísmo (tem por característica principal o dualismo, personificando os princípios do bem e do mal em Mesda, o deus supremo), também chamado Zaratustra e nascido na Média no século VII a.C. Segundo alguns, Zoroastro é uma figura mítica; contudo, a ele se referem Eudóxio, Plínio, Platão e Aristóteles. Teria recebido do próprio deus Ahura Mesda o texto do AVESTA e a missão de ensinar a lei santa na corte do Rei Vistacpa, que foi convertido ao masdeísmo e ergueu os primeiros altares ao fogo. Zoroastro teve três mulheres que lhe deram vários filhos mencionados como salvadores nos livros santos do masdeísmo. VICENTE, et.al. Biblioteca de auxílio ao sistema educacional. 1. ed. São Paulo: Livraria Editora Iracema Ltda, 1994. v. 10. p. 3389.

[21] Islão ou islã é uma religião monoteísta que surgiu na Península Arábica no século VII, baseada nos ensinamentos religiosos do profeta Muhammad (Maomé) e numa escritura sagrada, o Alcorão. A religião é conhecida ainda por islamismo. VICENTE, et al, op. cit., p. 1942.

[22] Maomé: Muhammad, Muḥammed (Meca, c. 570 - Medina, 8 de Junho de 632) foi um líder religioso e político árabe. Segundo a religião islâmica, Muhammad é o mais recente e último profeta do Deus de Abraão.Para os muçulmanos, Muhammad foi precedido em seu papel de Profeta por Jesus, Moisés, Davi, Jacob, Isaac, Ismael e Abraão. AA.VV. As religiões do mundo. tradução de Manuel Cordeiro, SP: Companhia Melhoramentos, 1996, p. 315.

[23] O Alcorão ou Corão é o livro sagrado do Islão. Os muçulmanos acreditam que é a palavra literal de Deus (Alá) revelada ao profeta Muhammad (Maomé) ao longo de um período de 22 anos. A palavra Alcorão deriva do verbo árabe que significa ler ou recitar; Alcorão é, portanto uma "recitação" ou algo que deve ser recitado. Os muçulmanos podem se referir ao Alcorão usando um título que denota respeito, como al-Karim (o Nobre) ou al-Azim (o Magnífico). É um dos livros mais lidos e publicados no mundo, sendo que, não é vendido pelos muçulmanos e, sim, dado. AA.VV., op. cit., p. 319.

[24] Chama-se cruzada a qualquer um dos movimentos militares, de caráter parcialmente cristão, que partiram da Europa Ocidental e cujo objetivo era colocar a Terra Santa (nome pelo qual os cristãos denominavam a Palestina) e a cidade de Jerusalém sob a soberania dos cristãos. Estes movimentos estenderam-se entre os séculos XI e XIII, época em que a Palestina estava sob controle dos turcos muçulmanos. Os ricos e poderosos cavaleiros da Ordem de São João de Jerusalém (Hospitalários) e dos Cavaleiros Templários foram criados pelas Cruzadas. AA.VV. Nova enciclopédia barsa. São Paulo: Encyclopoedia Britannica do Brasil Publicações, 1998. v. 5. p. 15.

[25] RIBEIRO, 1985, p. 129.

[26] O feudalismo foi um modo de produção baseado nas relações servo-contratuais de produção. Tem suas origens na desintegração da escravidão romana. Predominou na Europa durante a Idade Média. . AA.VV., op. cit., p. 250.

[27] RIBEIRO, op. cit., p. 130.

[28] Ibid., p. 135.

[29] Oliver Cromwell (25 de Abril de 1599, Huntingdon - 3 de Setembro de 1658, Westminster) foi um político britânico. Adquirindo o título de Lorde Protector no seguimento do derrube da monarquia britânica, ele governou a Inglaterra, Escócia e Irlanda de 16 de Dezembro de 1653 até à sua morte, a qual se crê ter sido causada por malária ou por envenenamento.Quando a guerra civil inglesa teve início, Cromwell constituiu uma tropa de cavalaria que se tornou a base dos seus "Ironsides" (a cavalaria de Cromwell). Foi na Batalha de Marston Moor (1644) que Cromwell ganhou proeminência. Como líder da causa parlamentar, e comandante do exército "New Model Army" no qual ele desempenhou um papel fulcral, ele derrotou as forças do Rei Carlos I (Charles I), pondo fim ao poder absoluto da monarquia britânica. VICENTE, et al, 1994, p. 1073.

[30] RIBEIRO, 1985, p.139.

[31] A Bastilha era uma prisão francesa construída em 1370. No século XVII tornou-se uma prisão para nobres ou letrados, adversários políticos, aqueles que se opunham ao governo ou mesmo à religião oficial. Mesmo abrigando 7 mil prisioneiros no dia 14 de julho de 1987, foi invadida pelo povo. Dando início a Revolução Francesa. AA.VV., 1998, p. 373.

[32] Napoleão Bonaparte, (nascido Napoleone di Buonaparte em Ajaccio, Córsega, 15 de Agosto de 1769 - Santa Helena 5 de Maio de 1821) foi o dirigente efectivo da França a partir de 1799 e foi Imperador da França, adotando o nome de Napoleão I, de 18 de Maio de 1804 a 6 de Abril de 1814, posição que voltou a ocupar rapidamente de 20 de março a 22 de junho de 1815. Além disso, conquistou e governou grande parte da Europa central e ocidental. Napoleão nomeou muitos membros da família Bonaparte para monarcas, mas eles, em geral, não sobreviveram à sua queda. Foi um dos chamados "monarcas iluminados", que tentaram aplicar à política as idéias do movimento filosófico chamado Iluminismo. AA.VV., op. cit., p. 251.

[33] Em 1807, D. João VI decidiu a saída da família real para o Brasil, escapando à invasão napoleônica e ao perigo que representava para a manutenção da autonomia portuguesa. Terá querido também manter o Brasil em poder de Portugal, mas isto o fez ainda mais dependente em relação à Inglaterra, com a imposição da abertura dos portos brasileiros ao comércio internacional e o tratado Luso-Britânico de 1810, desastroso para a economia portuguesa, embora decisiva para o progresso brasileiro.

VICENTE, et. al, op. cit., p. 2007.

[34] RIBEIRO, op. cit., p. 141.

[35] Ibid., p. 152.

[36] Ibid., p. 137.

[37] RIBEIRO, 1985, p. 157.

[38] O Socialismo seria, teoricamente, um sistema político onde todos os meios de produção pertencem à coletividade, onde não existiria o direito à propriedade privada destes meios de produção e, as desigualdades sociais seriam pequenas e a taxa de analfabetismo chegaria quase 0%, pois seria um sistema de transição para o comunismo - onde não existiria mais Estado nem desigualdade social - portanto o Estado socialista deveria diminuir gradualmente até desaparecer. AA.VV., 1998, p. 311.

[39] Marxismo é o conjunto de idéias filosóficas, econômicas, políticas e sociais elaboradas primariamente por Karl Marx e Friedrich Engels e desenvolvidas mais tarde por outros seguidores. Interpreta a vida social conforme a dinâmica da luta de classes e prevê a transformação das sociedades de acordo com as leis do desenvolvimento histórico de seu sistema produtivo. o marxismo influenciou os mais diversos setores da atividade humana ao longo do século XX, desde a política e a prática sindical até a análise e interpretação de fatos sociais, morais, artísticos, históricos e econômicos. Tornou-se base para as doutrinas oficiais utilizadas nos países socialistas, segundo os autores dessas doutrinas.No entanto, o marxismo ultrapassou as idéias dos seus precursores, se tornando uma corrente política-teórica que abrange uma ampla gama de pensadores e militantes, nem sempre coincidentes e assumindo posições teóricas e políticas às vezes antagônicas tornando-se necessário observar as diversas definições de marxismo e suas diversas tendências, especialmente a social-democracia, o bolchevismo e o comunismo de conselhos.VICENTE, et al, 1994, p. 2326.

[40] RIBEIRO, op. cit., p. 168.

[41] A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) opôs os Aliados às Potências do Eixo, tendo sido o conflito que causou mais vítimas em toda a história da Humanidade. As principais potências aliadas eram a China, a França, a Grã-Bretanha, a União Soviética e os Estados Unidos. O Brasil se integrou aos Aliados em 1943. A Alemanha, a Itália e o Japão, por sua vez, perfaziam as forças do Eixo. Muitos outros países participaram na guerra, quer porque se juntaram a um dos lados, quer porque foram invadidos, ou por haver participado de conflitos laterais. AA.VV., op. cit., p. 262.

[42] A Guerra Fria foi a designação atribuída ao conflito político-ideológico entre os Estados Unidos (EUA), defensores do capitalismo, e a União Soviética (URSS), defensora do socialismo, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991).É chamada "fria" porque não houve qualquer combate físico, embora o mundo todo temesse a vinda de um novo conflito mundial por se tratar de duas superpotências com grande arsenal de armas nucleares. Norte-americanos e soviéticos travaram uma luta ideológica, política e econômica durante esse período. Se um governo socialista fosse implantado em algum país do Terceiro Mundo, o governo norte-americano via aí logo uma ameaça aos seus interesses; se um movimento popular combatesse um governo alinhado aos EUA, logo receberia apoio soviético. AA.VV., 1998, p. 262.

[43] ROBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX. tradução Marcos Santarrita. revisão técnica Maria Célia Paooli. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 223.

[44] RIBEIRO, 1985, p. 182.

[45] KELSEN, Hans. O que é justiça? A justiça, o direito e a política no espelho da ciência. tradução de Luiz Carlos Borges. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 59.

[46] AA.VV, 1996, p. 388.

[47] KANT, Immanuel. A paz perpétua e ouros. tradução de Artur Morão. Lisboa Portugal: Edições 70, 2002. p. 132.

[48] NOUR, Soraya. À paz perpétua de Kant: filosofia do direito internacional e das relações internacionais. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 2004, passim.

[49] GÊNESIS. Português. In: Bíblia de Jerusalém. Tradução do texto em língua portuguesa diretamente dos originais. rev. Sociedade Bíblica Católica Internacional e Paulus. São Paulo: Editora Paulus, 1985. p. 32.

[50] O livro do Apocalipse de São João (para católicos e ortodoxos) ou Apocalipse de João (para protestantes) ou (Revelação a João) é um livro da Bíblia - o livro sagrado do cristianismo - e o último da seleção do Cânon bíblico. A palavra apocalipse significa, em grego, "Revelação". Um "apocalipse", na terminologia do judaísmo e do cristianismo, é a revelação divina de coisas que até então permaneciam secretas a um profeta escolhido por Deus. Por extensão, passou-se a designar de "apocalipse" aos relatos escritos dessas revelações. MCKENZIE, John l. Dicionário bíblico. tradução Álvaro Cunha et al., rev. geral Honório Dalbosco, São Paulo: Ed. Paulinas, 1983. p. 53.

[51] Segunda vinda de Cristo, Segundo Advento ou Parusia ( grego "presença") é termo usualmente empregado com a significação religiosa de "volta gloriosa de Jesus Cristo, no final dos tempos, para presidir o Juízo Final", conforme crêem as várias religiões cristãs e muçulmanas, inclusive sincréticas e esotéricas.As especificidades sobre o tema definem-na individualmente cada religião ou expressão religiosa, conforme a sua crença, com pontos semelhantes e não tão semelhantes. MCKENZIE, op. cit., p. 694.

 
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